Carta ao Rei, uma aventura épica para o destino de Unawen

Nova série de fantasia da Netflix possui seus méritos, mas peca no ritmo

Acontecerá na Lua de Sangue. A escuridão tomará conta da terra, então a luz surgirá através de um jovem xamã e por ele o mal deve ser derrotado. Assim são as profecias, uma luta constante do bem contra o mal. Ainda hoje, de tempos em tempos, elas ainda surgem. Mas a Idade Média concentrou seu maior número, onde tudo era predestinado a ser. Carta ao Rei traz essa lenda com a qual começamos o texto, adaptada do livro homônimo de Tonke Dragt e com roteiro de Will Davies (o mesmo de Como Treinar o Seu Dragão), a série pode não ser tão boa, mas tem lá seus momentos de surpresa.



A tal jornada inesperada

Também é clichê a tal da jornada inesperada. Tiuri (Amir Wilson) é um jovem, adotado, da alta classe do reino de Dagonaut. Precisando seguir o costume de sua família, ele precisa se tornar um cavaleiro do reino e trazer honra e glória ao nome Tiuri. A última etapa para se tornar cavaleiro consiste em fazer vigília em uma tumba onde cavaleiros antecessores descansam em paz. Então o protagonista e um grupo de outros jovens estão em seus postos quando a aventura os chama.

Um pedido de socorro tira Tiuri de sua vigília e o leva até o famoso Cavaleiro Negro de Escudo Branco. O jovem atende ao pedido do Cavaleiro e parte com a carta que deve chegar ao rei de Unawen. Aqui já deu para entender, e quem sabe até prever, para onde a série vai. Mas posso dizer que no meio desse caminho existem algumas surpresas que deixam a história mais instigante. 

O que falta é ritmo…

Depois de Game of Thrones sempre esperamos muito de uma série baseada na fantasia criada em volta da Idade Média. Porém, dada a qualidade de GoT, dificilmente chegarão a isso, embora tenhamos Vikings que adquiriu uma qualidade imensa no decorrer das temporadas, outra não chegam ao nível de fama como a série de George Martin, como The Witcher, que trouxe sua legião de fãs, mas não atingiu a nível de fanatismo alcançado por Jon Snow. 

Carta ao Rei enfrenta esse problema. A história curta faz com que falte ritmo a série. Embora sejam apenas seis episódios, com pouco mais de 50 minutos cada, a história parece meio arrastada e a quantidade de clichês a deixa enjoativa. Ainda assim alguns plot twists fazem com que queiramos ver o final.

A verdade é que Carta ao Pai traz tudo o que uma jornada do herói necessita: personagens predestinados ao heroísmo, magia e espadas, senso de justiça e a luta do bem contra o mal. Porém, falta inovação, é uma boa pedida para um dia atoa, mas se a busca for por uma fantasia medieval mais emocionante, seria melhor revisitar o universo de Tolkien.

Comentários

Postagens mais visitadas